» ENSINO A DISTÂNCIA

ENTENDENDO O EAD
Pedagoga Maria Luzita de Faria
Inspiração Consultoria Pedagógica
A tecnologia vem sendo incorporada de forma a transformar toda a experiência de ensino e aprendizado. De um lado, o professor passa a ser um mediador, atento às peculiaridades de cada um de seus alunos. De outro, o estudante participa de forma mais ativa da construção do conhecimento. Não se limita mais a ouvir aulas passivamente, fazer lição de casa e estudar para provas – ele passa a usar a tecnologia para desenvolver projetos que coloquem em prática a teoria que aprendeu. Essa tendência é conhecida como ensino híbrido. Este modelo já existia no Brasil, e é o mais próximo que a educação infantil deve chegar de instituir o ensino a distância (EaD).
Na verdade, no Brasil e em outros lugares do mundo, há muitas décadas que os alunos já são formados, em parte, longe das escolas. Afinal, eles fazem lição de casa, preparam trabalhos em grupo, leem e estudam para provas, tudo fora do ambiente escolar. A diferença é que, com a adoção da tecnologia, o tipo de atividade que se exerce dentro das instituições de ensino pode mudar, e o tempo que o aluno permanece dentro da escola pode diminuir.
Com a tecnologia, você transforma o professor num designer de experiências de aprendizagem, capaz de atender o aluno que aprende melhor com vídeos, ou trabalhando em grupo. A tecnologia digital, portanto, não é um fim, mas um meio, para que o aluno consiga aprender melhor e com mais qualidade.
Uma grande acerto do ensino à distância é o uso das diversas tecnologias existentes. A tecnologia possa ser uma grande aliada, quanto menor a criança, mais tempo ela precisa estar na escola. O risco do EaD na educação básica é cair em uma estratégia comercial para reduzir custos necessários para a aprendizagem.
Neste momento a tecnologia vem sendo incorporada de forma a transformar toda a experiência de ensino e aprendizado.
No Brasil, o que a legislação permite, por intermédio do decreto nº 9.057/17, é o uso de ensino a distância na educação básica somente em situações emergenciais, como em regiões de difícil acesso, problemas de saúde, viagem para o exterior ou casos de privação de liberdade.
Funciona? Sim, desde que toda a estrutura de ensino seja realmente alterada. O potencial da tecnologia para os alunos de ensino fundamental é muito grande, desde que ele não seja utilizado para assistir um vídeo, para ficar jogando um joguinho. Esse tipo de coisa a criança já faz sozinha. Não adianta trocar a palestra pelo Power Point, ou um livro didático por um tablet.
Nos Estados Unidos quase o tempo todo online, e os resultados são insatisfatórios. Na comparação com estudantes do ensino tradicional, em geral os alunos a distância se saem pior em matemática e conhecimento do idioma. É o problema de formar pacotes padronizados para grandes quantidades de alunos e reduzir custos ao trocar professores por tutores.
O ensino fundamental exige que as crianças sejam orientadas e acompanhadas de perto. Escolas com modelos híbridos, que usam a tecnologia para melhorar o resultado do ensino tradicional, tendem a funcionar melhor.
Os sete principais modelos de ensino híbrido, segundo o “Instituto Clayton Christensen”:
Rotação por Estação: A escola é organizada em estações, pelas quais os alunos transitam. Algumas oferecem métodos tradicionais, outras apresentam conteúdo online.
Laboratório Rotacional: A diferença em relação à rotação por estação é que a parte online do conteúdo é ministrada dentro de laboratórios de informática.
Rotação Individual: Nos dois casos acima, ao fim do percurso, o estudante precisa passar por todas as estações. Aqui, o aluno passa apenas pelas estações de que precisa para cumprir uma determinada tarefa.
Sala de Aula Invertida: Tradicionalmente, o aluno assiste a aulas na sala de aula e faz os deveres em casa. Neste modelo, o aluno assiste às aulas em casa, em vídeo. Na sala de aula, o professor coordena projetos e exercícios.”
Flex: Neste modelo, o aprendizado é formado basicamente por atividades e tarefas, que estimulam o aluno a desenvolver o raciocínio lógico.
À La Carte: É adotado por escolas que pretendem complementar o ensino com disciplinas eletivas, que são fornecidas por sistemas de EaD.
Virtual Enriquecido: O aluno vai à escola para sessões de aprendizagem presenciais, mas passa boa parte do tempo em casa, estudando por sistemas a distância, com aulas em vídeo, fóruns de dúvidas e exercícios realizados pelo computador.”
De forma geral pode ser usado em qualquer tipo de escola, mas sempre vamos sentir falta da presença e do carinho do professor, que além de motivar também é a pessoa referência que muito alunos precisam.